quarta-feira, 21 de maio de 2014

Um dia a primavera chega




Sabe aqueles dias difíceis que você não quer ver nem ouvir ninguém, mas que por questões de obrigações você precisa sorrir, dá bom dia, e ainda dizer que esta bem, mesmo não estando. Vou nem comentar sobre ir trabalhar como se não tivesse uma tempestade no seu peito desde que saiu da cama.

Carrega o dia nas costas, em passos de tartaruga, já que a hora custa a passar. Tudo é injusto nesse dia. Põe aquele CD novo, que não carrega nenhuma lembrança, tentando acalmar os ânimos. Tentativa inútil, a música conta sua história. Quer morrer. “Calma, não desista agora”, diz seu subconsciente. Pelo menos ainda tem um, poderia ser pior (eu e minha posivitivade absurda).

Eu sou uma estranha, yes, vou vivendo e levando isso comigo. Internalizando tudo. Não quero ninguém tentando entender algo que às vezes nem eu mesma entendo. Essas minhas crises existências fazem parte de mim, meio que um auto-conhecimento. Talvez até chore, meu travesseiro já sabe como é. Passo a noite num temporal, que no dia seguinte nem sempre tem sol. Porém, levo a esperança de que os meus melhores dias estão por vir.

Faço minha prece. Prece pro meu Deus interior. A vida é dura pra todo mundo, cada um tem sua maneira de superar as dificuldades e as dores internas. Hoje em meus dias nublados eu só queria um colo. O colo. Não vou dizer que é injustiça não te-lo, prefiro afirmar que é assim porque tem que ser. Saberemos o propósito disso tudo no amanhã. Deixa doer. Machucar. Um dia a primavera chega. O mês de setembro também.

Um comentário: