quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Poesia #1





“Coberta por estrelas, ela mirava o próximo.
O próximo a abusar-te.
Roubar-te do mundo.
Ele se aproxima.
Ela fita.
Imóvel.
Grita.
Mas fica.” 



*** Fiz este poema em 20 segundos, veio como um tiro. Nunca fui de escrever poemas, e não sou até hoje. Estive pensando no céu por alguns segundos quando me veio. Sei nem se devo chama-lo de poema, talvez poesia (como me sugeriram).

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Não seria eu...



Se não fosse o sono intenso e os mais cinco minutinhos após o despertador tocar, não seria eu. E a sede de música a todo momento, também não seria eu.

Se não fosse tão sentimental e tivesse vergonha de publicar um texto que escrevi, não seria eu. Admirar a simplicidade e a beleza interior, não seria eu.

Se não fosse os medos bestas e adoração por flores do campo, não seria eu. Os livros da Martha Medeiros e os romances alemães, não seria eu.

Se não fosse esse amor incondicional por Los Hermanos e a simpatia pela cor azul, não seria eu. Sem esquecer o chocolate e as fontes sem serifa, não seria eu.


Se não fosse os poemas do Leminski e a fome do bolo de cenoura da mamãe, não seria eu. O perfume de flor, felicidade de quem eu amo e a paixão por cadernos, não seria eu.

Não seria...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Namorei sozinha



Já se passaram dias suficientes para que eu parasse e refletisse sobre todo o que aconteceu. Digamos que eu esteja bem, como há muito tempo eu não estive. Estou assim porque me permitir ser. Talvez há um mês atrás, mesmo estando com você, eu não era feliz. Não era porque, na verdade, não tinha você. Você se foi. Saiu. Se escondeu do mundo que não te conhecia.

Namorei muito tempo um desconhecido. Namorei buscando te trazer de volta. Namorei sonhando com aqueles primeiros meses de felicidade. Namorei sozinha. Namorei sem resposta. Namorei sem beijo. Namorei por você.

No final, já sem forças, chorei muito, você até viu, mas chorei por não ter conseguido você de volta. Te deixei na solidão. Chorei o que segurei por todo o tempo que lutei por ter uma palavra de carinho e não consegui. Chorei por te deixar nessa confusão de não saber se vai ou se fica. Mas não choro mais. Passou.

Sinto sua falta. Claro. Porém, não gosto de você, não de você hoje, gosto do que foi ontem. Esse que deixei não me fazia feliz. Não me fazia poemas. Não me tocava. Não me queria.

Agradeço por ter sido forte e ter permitido que lutasse por você. E também por ter decidido “acertar os pontos” e por um ponto final. Como inteligente que é, viu que esse era o nosso melhor, ou não. Porém, pra mim este é o melhor. Melhor que sofrer por falta de reciproca. Melhor que sofrer sozinha na sua companhia.