Já se passaram dias suficientes para que eu parasse
e refletisse sobre todo o que aconteceu. Digamos que eu esteja bem, como há
muito tempo eu não estive. Estou assim porque me permitir ser. Talvez há um mês
atrás, mesmo estando com você, eu não era feliz. Não era porque, na verdade, não
tinha você. Você se foi. Saiu. Se escondeu do mundo que não te conhecia.
Namorei muito tempo um desconhecido. Namorei
buscando te trazer de volta. Namorei sonhando com aqueles primeiros meses de
felicidade. Namorei sozinha. Namorei sem resposta. Namorei sem beijo. Namorei
por você.
No final, já sem forças, chorei muito, você
até viu, mas chorei por não ter conseguido você de volta. Te deixei na solidão.
Chorei o que segurei por todo o tempo que lutei por ter uma palavra de carinho
e não consegui. Chorei por te deixar nessa confusão de não saber se vai ou se
fica. Mas não choro mais. Passou.
Sinto sua falta. Claro. Porém, não gosto de
você, não de você hoje, gosto do que foi ontem. Esse que deixei não me fazia
feliz. Não me fazia poemas. Não me tocava. Não me queria.
Agradeço por ter sido forte e ter permitido
que lutasse por você. E também por ter decidido “acertar os pontos” e por um
ponto final. Como inteligente que é, viu que esse era o nosso melhor, ou não. Porém,
pra mim este é o melhor. Melhor que sofrer por falta de reciproca. Melhor que
sofrer sozinha na sua companhia.
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